quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

COMO FOLHAS AO VENTO

Num vento morno de verão
encontrei teu coração brilhando e sussurrando poesias...
e em suaves rodopios, trocamos cálidos versos.
Palavras de suaves vozes que ouvimos
ao longo de tantos caminhos.
Gosto de ouvir teu riso menino borbulhando histórias,
de descobrir teus olhos revelando segredos...
Quando não contas, percebo, adivinho.

Guardo por ti uma amizade cúmplice:
um carinho irmão de quem apenas sente e que não dá um pio.
Deixo o pensamento vadiar macio pelas frestas dos sonhos,
pelas curvas dos rios.
Como folhas ao vento dançamos, sem ligar ao ritmo,
volteios trêmulos e um tanto tímidos.
Teu riso, cortina de luz, conduz-me à fantasia
e entregue ao teu encanto, tonta, perco o fio.
Nossos breves encontros nesse redemoinho
são como brindes com taças de alegria:
som de cristal, bebida que arrepia.

Então foges de mim e eu, de ti


Como folhas ao vento, seguimos nesse doce desmaio
dos acasos, da folia, do sonho, das escolhas tardias,
dos acenos leves de quem, um dia, voltará a si.
Trocamos nossos versos suaves,
com o coração aos rodopios,
sussurrando nossas vozes mornas
brindando à melodia, à vida, à poesia
brilhantes, cúmplices, sentidos,
alucinados, vadios
por enquanto sopre um vento de verão ainda.

2 comentários:

ANDRARREIS disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ANDRARREIS disse...

As aves que voam em mim,
são poesias que se espalham no ar.
As folhas que secam em mim,
são o adubo que alimentam minha alma.
Diante de ti sou pássaro perdido na manhã de chuva...
Sou o avesso de minhas vontades,
quando estou diante de ti...
As pétalas de minha alma ficam soltas na flor de minha ternura
e se derramam sobre seu colo procurando abrigo, procurando carinho...
Vai, sol da minha noite, mostre a ela meus desatinos, minhas desesperanças, meus devaneios...
Deixe no ar o aroma de verdade,para que ela veja a paz que minha alma mostrou num momento em que meus sentidos se desarmaram...
Segue nesse momento sussurando palavras doces, cheias de encantamento e beleza...
Vai, sol da minha noite, ilumine a dor que me inspira e apare o vento triste que teima em soprar dentro de mim...